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Dica Cinestória #10 - Sociedade dos poetas mortos

  • Foto do escritor: Projeto Cinestória
    Projeto Cinestória
  • 21 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

*Texto publicado originalmente no antigo blog do Cinestória em 29 de maio de 2017.


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Já há alguns anos, a frase em latim carpe diem (algo como “colha o dia”, “aproveite o momento”), de um poema de Horácio, tem sido tatuada por muitas pessoas. “Sociedade dos Poetas Mortos”, um filme americano lançado em 1989, é um dos grandes responsáveis pela popularização desta citação. Indicado a vários prêmios da Academia, levou o Oscar de melhor roteiro original e perdeu o de melhor filme para o também belíssimo “Conduzindo miss Daisy”. Robin Willians foi indicado para o Oscar de melhor ator e, apesar de sua atuação memorável, o prêmio ficou com Daniel Day Lewis pelo filme “Meu pé esquerdo” (outro belíssimo filme). Já no Globo de Ouro, o filme e o ator foram os vencedores em suas categorias.


Voltando à Sociedade dos Poetas Mortos: assim como não devemos escolher um livro pela capa, não devemos escolher o filme (apenas) pelo título. Nada há de mórbido, sombrio ou macabro nessa história que acontece numa das mais conceituadas escolas preparatórias americanas no final dos anos 1950. Na Welton Academy o ensino se baseia em quatro pilares, tradição, honra, disciplina e excelência e isso é alcançado através de uma rotina exaustiva de aulas, provas, estudos individuais e em grupo (pessoal do De IF pra IF, assistam ao filme), tudo para conseguir uma vaga nas melhores universidades. Nesse templo do saber, não há tempo para pensar: é preciso decorar as fórmulas e os conceitos, os tempos verbais e os fatos históricos ou ainda remar o mais rápido possível para vencer as competições e não para se divertir.


Nessa escola sem questionamento, sem reflexão e sem discussão (seria uma escola sem partido?), a chegada de um novo professor de Inglês, John Keating (Robin Willians), causa perturbação na rotina monótona da prestigiada escola. Mr. Keating não quer apenas ensinar língua inglesa e sua literatura para os jovens internos; sua intenção é que eles sejam capazes de pensar por si próprios e definir quais poemas são bons e merecem ser lidos e não apenas seguir as indicações do livro didático que recomenda fazer um gráfico para determinar se uma poesia é boa ou não. Da mesma forma, o Capitão, meu Capitão (quer saber porque ele é chamado assim? assista ao filme) acredita que os estudantes devem pensar sobre suas vidas, suas escolhas, seu futuro e que devem, também, aproveitar os momentos: carpe diem (sério, é muito mais que uma modinha de tatuagem: assista ao filme).


Humberto Luis de Cesaro

Professor de Educação Física e ex-integrante do projeto

FICHA TÉCNICA

Título original: Dead Poets Society

Gênero: Drama, Comédia dramática

Direção: Peter Weir

Elenco: Robin Williams, Robert Sean Leonard, Ethan Hawke

Duração: 128 minutos

Ano de produção: 1990

País de origem: Estados Unidos

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