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Dica Cinestória #17 - Tomates verdes fritos

  • Foto do escritor: Projeto Cinestória
    Projeto Cinestória
  • 21 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

*Texto publicado originalmente no antigo blog do Cinestória em 18 de julho de 2017.


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Dá pra saborear um prato preparado há 26 anos? Se o prato em questão for de Tomates Verdes Fritos, a resposta é um enorme e sonoro sim! Lançado em 1991, o filme do diretor Jon Avnet recebeu duas indicações para o Oscar: melhor atriz coadjuvante e melhor roteiro adaptado (vale a dica para o livro que inspirou o filme, da americana Fannie Flag – e que também é delicioso). Não levou nenhum dos prêmios e entra na lista dos “injustiçados pela Academia”.


Tomates Verdes Fritos não é um filme sobre comida, é sobre a amizade. Mais especificamente, sobre amizades que inspiram e apoiam e que podem, até, transformar nossas vidas. O filme começa no presente (anos 90 do século passado), quando a dona de casa Evelyn (Kathy Bates) conhece Ninny (Jessica Tandy), uma senhora que vive na mesma casa de repouso da tia de seu marido. Sem muitos rodeios, Ninny começa a contar para Evelyn a história de Idgie (Mary Stuart Masterson) e Ruth (Mary-Louise Parker) e da amizade entre elas.


Elas viveram nas primeiras décadas do século e sua história se passa entre os anos 20 e 30. Ainda criança, Idgie perdeu o irmão, Buddy, e isolou-se do mundo; preocupada, sua mãe chama Ruth, por quem Buddy fora apaixonado, para tentar romper o isolamento da filha. Elas tornam-se amigas e Idgie, a rebelde independente, aos poucos, abre seu mundo para Ruth, a “certinha”: bares mal-afamados onde joga pôquer com os homens da pequena cidade onde vive, fuma e bebe whisky e faz amizade com negros e negras, um escândalo para o Alabama dos anos 20! A amizade é interrompida quando Ruth se casa com Frank Bennett (Nick Scearcy) e retomada após Idgie ajudá-la a fugir desse relacionamento abusivo e violento. É então que elas fundam o Whitle Stop Cafe, onde são servidos os Tomates Verdes Fritos do título.


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Evelyn, cada vez mais fascinada pela história contada por Ninny, passa a refletir sobre sua própria vida e começa a se transformar. Uma das muitas frases memoráveis do filme é dita por ela a seu marido, Ed (Gailard Sartain): “Uma pessoa me ajudou a colocar um espelho na frente do meu rosto e eu não gostei nem um pouco do que eu vi. Sabe que o eu fiz? Eu mudei.”


E não, apesar do que o parágrafo anterior pode sugerir, não se trata de um filme de autoajuda barata. Passando por temas delicados como violência conjugal e preconceito racial, Tomates Verdes Fritos é sensível e comovente sem ser piegas. Uma obra de quase 30 anos que continua atual e que merece ser vista.


E pra quem quiser provar o prato que dá nome ao livro e ao filme, segue a receita com a Isadora Becker:


Humberto Luis de Cesaro

Professor de Educação Física e ex-integrante do projeto

FICHA TÉCNICA

Título original: Fried Green Tomatoes

Gênero: Drama

Direção: Jon Avnet

Elenco: Mary Stuart Masterson, Mary-Louise Parker, Kathy Bates, Jessica Tandy

Duração: 130 minutos

Ano de produção: 1991

País de origem: Estados Unidos

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