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Dica Cinestória #7 - Farenheit 451

  • Foto do escritor: Projeto Cinestória
    Projeto Cinestória
  • 19 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

*Texto publicado originalmente no antigo blog do Cinestória em 09 de maio de 2017.


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Como seria um mundo sem livros, onde quem realiza o ato da leitura estivesse cometendo um crime? E se, de tão horrendo que fosse cometer esse crime, para que ele não ocorresse, os livros fossem queimados? Essas duas questões representam o tema do filme, dirigido pelo cineasta francês François Truffaut, lançado em 1966, “Farenheit 451”, uma adaptação do livro de Ray Bradbury. Sim! os livros são realmente queimados. O título do filme, além de ser homólogo ao livro, refere-se à temperatura (em Farenheits), na qual ocorre a queima do papel, e o mais intrigante é que eles são incinerados pelos bombeiros.


Guy Montag (Oskar Werner) é um bombeiro dessa sociedade distópica, cuja função é incendiar os livros encontrados nas casas das pessoas da cidade. Sendo ele um excelente e obediente bombeiro, é muito aclamado por seu capitão (Cyril Cusack), segundo quem livros são inúteis e alienam as pessoas. Porém, ao voltar pra casa, Montag encontra com sua vizinha Clarisse (Julie Christie), que começa a fazer várias perguntas a ele, as quais mudam totalmente a vida rotineira e automatizada do bombeiro. Isso porque fazem com que pense em seus atos e até mesmo o incita a começar a ler. Uma das cenas mais impactantes do filme e que mais choca Montag é a descoberta de uma casa onde havia uma enorme biblioteca; por isso, logo, deveria ser queimada pelos bombeiros. A dona da casa, por amor aos seus livros, recusa-se a sair e foi queimada junto a eles.


Clarisse, além de instigar o desejo de Montag pelos livros, também lhe conta de uma sociedade formada por homens-livro, pessoas que memorizavam os textos dos livros, para que pudessem ser repassados e, dessa forma, nunca extintos. Montag, a partir de vários acontecimentos, vai para este lugar. Clarisse é uma das principais mulheres que aparecem no filme, tendo também Linda, esposa de Montag que, ao contrário de Clarisse, é totalmente alienada pela mídia. Uma curiosidade é que as duas personagens são interpretadas pela mesma atriz, e possuem papéis totalmente diferentes.


Mesmo sendo um filme considerado antigo e por representar uma sociedade distópica, ele apresenta ainda muita atualidade, com relação aos temas abordados, os quais podem ser debatidos e relacionados a nossa sociedade, como: totalitarismo, manipulação da mídia, alienação, entre outros.


Amanda Zagonel

Ex-bolsista do projeto

FICHA TÉCNICA

Título Original: Fahrenheit 451

Gênero: Drama

Direção: François Truffaut

Elenco: Oskar Werner, Cyril Cusack, Julie Christie

Duração: 117 minutos

Ano de Lançamento: 1966

País de origem: Reino Unido

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