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Dica Cinestória #8 - Caramuru, a invenção do Brasil

  • Foto do escritor: Projeto Cinestória
    Projeto Cinestória
  • 19 de out. de 2020
  • 1 min de leitura

*Texto publicado originalmente no antigo blog do Cinestória em 15 de maio de 2017.


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Caramuru, a invenção do Brasil – é o título da produção fílmica escrita por Guel Arraes e Jorge Furtado, com irreverência e bom humor, em mais um exemplo da qualidade e originalidade do cinema brasileiro. Utilizando-se do argumento histórico, Caramuru situa seu enredo nos episódios relativos à chegada dos portugueses ao Brasil e ao seu encontro com os povos indígenas.


Numa paródia ao discurso histórico tradicional, o filme de Arraes e Furtado adota o ponto de vista narrativo em que os nativos não somente recebem a cultura do europeu, mas antes também enganam, debocham, questionam, num misto de esperteza e ingenuidade. Exercem, com isso, o protagonismo da trama, as personagens Paraguaçu e Moema, interpretadas por Camila Pitanga e Deborah Secco, que seduzem o navegador português Diogo Álvares, vivido por Selton Mello, degredado de Portugal, condição que o faz chegar às terras brasileiras.


Num cenário colorido e sensual, o filme apresenta diálogos inteligentes e bem-humorados, num processo intertextual com obras da literatura e da história, como é o caso dos versos do poeta Luiz Vaz de Camões, das cartas de achamento, escritas pelos navegadores portugueses e do romance modernista Macunaíma, de Mario de Andrade. O filme, desde o título, dialoga com a história oficial do “descobrimento” do Brasil, recontando parte dela, de forma leve, divertida e inteligente.


Vale muito a pena!


Fabiane Resende

Professora de Língua Portuguesa e colaboradora externa do projeto

FICHA TÉCNICA

Gênero: Comédia

Direção: Guel Arraes, Jorge Furtado

Elenco: Camila Pitanga, Deborah Secco, Diogo Vilela, Luís Melo, Marco Nanini, Pedro Paulo Rangel, Selton Mello, Tonico Pereira

Duração: 85 minutos

Ano de produção: 2000

País de origem: Brasil

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