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Dica Cinestória #2 - A festa de Babette

  • Foto do escritor: Projeto Cinestória
    Projeto Cinestória
  • 19 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

*Texto publicado originalmente no antigo blog do Cinestória em 03 de abril de 2017.


"Quando o ato de comer deixa de ser ao mesmo tempo individual e social, algo

regrado tanto por normas coletivamente compartilhadas quanto por regras individualmente

criadas, o saber se dissocia do sabor e a comida fica tão insossa quanto sem sentido."

Denise Bernuzzi de Sant'Anna


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Por quê nós comemos? Para repor as energias que gastamos ao longo do dia? Para fornecer os aminoácidos essenciais para a síntese proteica? Para ingerir grandes quantidades de substâncias detox e purificar nosso organismo?

Nos últimos anos, estas parecem ser as respostas adequadas a esta questão. Várias são as discussões contemporâneas acerca da alimentação, vários são os saberes que nos autorizam (e principalmente restringem) a consumir certos alimentos.

Por mais que a satisfação das necessidades energéticas para manutenção da vida seja uma imposição biológica, os ingredientes, as formas de preparo e os rituais não são. Preparamos comida das mais diversas formas, seja repetindo as tradições familiares, seja aprendendo novos pratos em cursos de culinária ou programas de TV sobre o tema.

Babette é uma famosa cozinheira parisiense que, devido à Guerra Civil na França, foge de seu país para encontrar refúgio numa pequena vila norueguesa isolada onde vivem seguidores de um pastor protestante extremamente rígido em relação ao prazer e ao pecado. Filipa e Martine, as filhas do falecido pastor, aceitam Babette como sua empregada e cozinheira a pedido de um amigo que as conhecera na juventude. Depois de dez anos trabalhando para as irmãs, Babette ganha um prêmio na loteria e decide oferecer um banquete para comemorar o centenário de nascimento do pastor. Embora um pouco assustados com a possibilidade de cometerem o pecado da gula (ou seria da luxúria?), os aldeões aceitam participar do banquete porque gostam muito de Babette e não querem lhe negar um pedido.

Durante o jantar, que segue as tradições francesas da entrada à sobremesa, os convidados se transformam: o prazer que é proporcionado pelos pratos preparados por ela faz com que antigas rixas sejam esquecidas, divergências reconsideradas e paixões renasçam.

Um belíssimo filme, para assistir depois de um bom jantar com os pratos preferidos.


Humberto Luis de Cesaro

Professor de Educação Física - IFC Luzerna

FICHA TÉCNICA

Título original: Babettes Gaestebud

Gênero: Drama

Direção: Gabriel Axel

Elenco: Bibi Andersson, Ebbe Rode, Gudmar Wivesson, Jarl Kulle, Jean-Philippe Lafont, Stéphane Audran

Duração: 102 minutos

Ano de produção: 1987

País de origem: Dinamarca

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